Temporada de 2001 a 2002
Em julho de 2000, a Rede Globo assinou um contrato de 10 anos com os herdeiros de Monteiro Lobato, para produzir uma nova adaptação para a televisão, das histórias do Sítio do Picapau Amarelo, e no dia 12 de outubro de 2001, passou a exibir-la. O programa começou sendo exibido dentro da TV Globinho, mas depois ganhou seu próprio horário na grade de programação da Globo. A primeira temporada, durou do final de 2001 até o ano de 2002, contando as histórias de Monteiro Lobato, depois naquele mesmo ano, após as histórias dos livros terem acabado, iniciou-se outra fase do programa, com novas histórias feitas para a televisão. Igual a primeira versão da Rede Globo em 1977, o Sítio de 2001 também teve histórias criadas somente para a TV, além das criadas por Monteiro Lobato. Mas, no caso da versão 2001, as tramas dos livros de Lobato acabaram mais depressa, pois, na primeira temporada as histórias eram contadas em um ritmo mais rápido, e cada livro durava uma semana para ser contado (ou duas no episódio "A Festa do Faz de Conta", e quatro semanas em Os Doze Trabalhos de Hércules). Já na versão dos anos 70, as histórias demoravam mais tempo sendo adaptadas para TV, com alguns textos tirados dos livros e outros criados para a televisão, e duravam normalmente um mês.
Nesta versão, a boneca Emília, foi interpretada por uma criança, a atriz mirim Isabelle Drummond. O que poucos sabem é que apesar de Isabelle ter sido a primeira "atriz criança" a interpretar a boneca Emília em uma série de TV, anteriormente em uma adaptação de cinema, também houve uma pequena menina chamada Olga Maria, que interpretou a Emília em um filme em preto e branco de 1951, intitulado O Saci (filme), dirigido por Rodolfo Nanni, e baseado no livro "O Saci" de Monteiro Lobato. Com exceção do filme "O Saci", e da versão dos anos 2000, a boneca Emília havia sido interpretada por atrizes adultas, nas outras quatro versões para a TV. Inclusive a versão de 2001, tem vários elementos parecidos com o filme de 1951, a começar pelo fato da Emília ser interpretada por uma criança, e ser menor do que a Narizinho; outro fato em comum entre os dois, são cenas da nova versão do Sítio que parecem ter sido idéias reaproveitadas do filme do Saci, por exemplo, a cena onde a menina Olga Maria fica pendurada no varal, secando após ter caído no riacho, no episódio "O Saci" de 2001 acontece o mesmo com Isabelle Drummond. Há também uma cena, onde o Saci Pererê, encontra um fio de cabelo preso no pente da sereia Iara, cena que era originalmente do filme de 1951, e foi reaproveitada e refilmada para a série de 2001 (pois na história original do livro, o Saci pulava na cabeça da Iara, e arrancava o fio de cabelo para levar para a Cuca).
Com a nova versão do Sítio, alguns elementos dos livros de Lobato puderam ser trazidos de volta para a TV, um deles foi o "Pó de Pirlimpimpim", que na versão anterior de 1977, havia sido transformado em um tipo de "palavra mágica" para evitar comparações com a cocaína; deste modo, os moradores do Sítio apenas gritavam: "Pirlim Pim Pim" para viajarem de um lugar para outro. Nos livros de Monteiro Lobato, o Pó de Pirlimpimpim era aspirado com o nariz pelos personagens; já na versão de 2001 ele passou a ser um pó jogado em cima das cabeças dos personagens, mais parecido como o "Pó Mágico" da Sininho, da história "Peter Pan" de J.M. Barrie. Outra coisa que havia sido censurada na versão dos anos 70, e foi trazida de volta na nova versão, é o costume que Emília tem de inventar suas próprias palavras. A censura da década de 70, não permitia que a Emília da TV alterasse ou falasse palavras da gramática a seu próprio modo, como: "Bissurdo", "Arimética", ou "Obóvio".
Nos primeiros episódios de 2001, eram usados efeitos especiais de Chroma Key para que o Visconde de Sabugosa, parecesse ter mesmo o tamanho de um sabugo de milho. Mas no final de 2002, essa técnica foi deixada de lado, porque no programa, o Visconde fica do tamanho de uma pessoa normal após uma lata de fermento cair em cima dele. Durante os anos de 2001 até 2004 Visconde era interpretado pelo ator Cândido Damm, que nesta versão do Sítio deu um padrão de voz "bem grossa" ao personagem, padrão que seria seguido também pelos outros dois atores que interpretariam o Visconde nas temporadas seguintes, Aramis Trindade em 2005 e 2006, e Kiko Mascarenhas em 2007. A diferença entre a voz dos três atores era que o Visconde de Cândido Damm tinha o sotaque carioca, enquanto o Visconde de Aramis Trindade falava com um forte sotaque paulista, o terceiro interpréte, Kiko Mascarenhas, também tentou manter o sotaque paulista que Aramis Trindade fazia para o personagem. Uma coisa na série de 2001, diferente das outras versões de TV, é que a personagem Tia Nastácia agora era vivida por uma atriz mais magra, Dulcilene Moraes (conhecida como Dhu Moraes). Mas, algumas temporadas depois, a produção pediu que Dhu Moraes engordasse um pouco, e usasse um pouco de enchimento no vestido, pois a personagem "Nastácia" era mais conhecida popularmente sendo gorda, tanto em outras adaptações para TV, quanto nas ilustrações dos livros. O curioso é que a "Tia Nastácia" do livro era inspirada em uma mulher magra, chamada "Anastácia", que realmente existiu e trabalhava na casa de Monteiro Lobato, como cozinheira e babá dos filhos dele. Ela é descrita como uma negra alta, magra, de canelas e punhos finos. Quando vivo, Monteiro Lobato contou ao jornalista Silveira Peixoto em uma entrevista, que se inspirou nela para criar a personagem de seus livros.
Desde 2001 até 2006 (com exceção de 2007) foram confeccionadas 3 fantasias de Cuca diferentes, que eram manipuladas por Jacira Santos (a Priscila da TV Colosso). Na primeira temporada, a intenção era que a aparência da Cuca não ficasse assustadora de mais para as crianças, o diretor Marcio Trigo disse que a Cuca devia ter uma aparência má e assustadora, mas nem tanto, pois esta versão do Sítio estava mais direcionada ao publico infantil; por esse motivo a personagem tinha um visual mais inofensivo, com rosto e cauda de jacaré, e corpo de mulher, com um vestido e capa de bruxa. Mas essa ideia foi mudando com o passar do tempo, no ano de 2003, ficou decidido reformular um pouco a personagem, dando a ela "cabelos reais" e mais compridos, além de deixa-la mais gorda e com uma personalidade mais cruel. Outra mudança no corpo da personagem, ocorreria no ano de 2005, deixando-a menos vaidosa, e mais parecida com a Cuca do folclore, ela passaria a ser mais perversa, e com traços mais aterrorizantes, perdendo o "corpo de humana", e ganhando um "barrigão" listrado de réptil [1].
Uma outra ideia inicial da série de 2001, que foi sendo deixada de lado com o tempo, era mostrar algumas vezes objetos e maquinas dos tempos atuais. Para isso, em algumas cenas apareciam Dona Benta tentando convencer Tia Nastácia da utilidade de alguns novos utensílios que ela havia encomendado para sua cozinha, como: microondas, batedeira e freezer. Ou então o fato de Dona Benta ter comprado um computador pra a sua biblioteca, para poder se comunicar com sua filha Antonica que mora na cidade; porém a série também mostrava Dona Benta meio chateada pelo fato de que após a chegada do computador, o Pedrinho só lhe enviava e-mails (quando estava na cidade grande), e não havia lhe escrito mais cartas, que ela considerava melhor de se receber. As modernidades contudo, não permaneceram muito tempo no Sítio, pois além de não acrescentarem muito às histórias, algumas vezes chegavam a atrapalhar o ritmo da trama. Por isso, algumas temporadas mais tarde, o computador foi deixando de ser usado no Sítio, até "desaparecer" por completo das histórias; assim também como o microondas e outros utensílios modernos, que foram sendo abandonados da cozinha de Tia Nastácia. Algumas temporadas depois, a única modernidade que sobrou na cozinha do Sítio foi apenas a geladeira (na versão dos anos 70, uma das poucas máquinas mais "modernas" ou comuns daquela época que já foram usadas no Sítio, foi a televisão, que não aparece nos livros de Lobato.)
Nesta versão, a boneca Emília, foi interpretada por uma criança, a atriz mirim Isabelle Drummond. O que poucos sabem é que apesar de Isabelle ter sido a primeira "atriz criança" a interpretar a boneca Emília em uma série de TV, anteriormente em uma adaptação de cinema, também houve uma pequena menina chamada Olga Maria, que interpretou a Emília em um filme em preto e branco de 1951, intitulado O Saci (filme), dirigido por Rodolfo Nanni, e baseado no livro "O Saci" de Monteiro Lobato. Com exceção do filme "O Saci", e da versão dos anos 2000, a boneca Emília havia sido interpretada por atrizes adultas, nas outras quatro versões para a TV. Inclusive a versão de 2001, tem vários elementos parecidos com o filme de 1951, a começar pelo fato da Emília ser interpretada por uma criança, e ser menor do que a Narizinho; outro fato em comum entre os dois, são cenas da nova versão do Sítio que parecem ter sido idéias reaproveitadas do filme do Saci, por exemplo, a cena onde a menina Olga Maria fica pendurada no varal, secando após ter caído no riacho, no episódio "O Saci" de 2001 acontece o mesmo com Isabelle Drummond. Há também uma cena, onde o Saci Pererê, encontra um fio de cabelo preso no pente da sereia Iara, cena que era originalmente do filme de 1951, e foi reaproveitada e refilmada para a série de 2001 (pois na história original do livro, o Saci pulava na cabeça da Iara, e arrancava o fio de cabelo para levar para a Cuca).
Com a nova versão do Sítio, alguns elementos dos livros de Lobato puderam ser trazidos de volta para a TV, um deles foi o "Pó de Pirlimpimpim", que na versão anterior de 1977, havia sido transformado em um tipo de "palavra mágica" para evitar comparações com a cocaína; deste modo, os moradores do Sítio apenas gritavam: "Pirlim Pim Pim" para viajarem de um lugar para outro. Nos livros de Monteiro Lobato, o Pó de Pirlimpimpim era aspirado com o nariz pelos personagens; já na versão de 2001 ele passou a ser um pó jogado em cima das cabeças dos personagens, mais parecido como o "Pó Mágico" da Sininho, da história "Peter Pan" de J.M. Barrie. Outra coisa que havia sido censurada na versão dos anos 70, e foi trazida de volta na nova versão, é o costume que Emília tem de inventar suas próprias palavras. A censura da década de 70, não permitia que a Emília da TV alterasse ou falasse palavras da gramática a seu próprio modo, como: "Bissurdo", "Arimética", ou "Obóvio".
Nos primeiros episódios de 2001, eram usados efeitos especiais de Chroma Key para que o Visconde de Sabugosa, parecesse ter mesmo o tamanho de um sabugo de milho. Mas no final de 2002, essa técnica foi deixada de lado, porque no programa, o Visconde fica do tamanho de uma pessoa normal após uma lata de fermento cair em cima dele. Durante os anos de 2001 até 2004 Visconde era interpretado pelo ator Cândido Damm, que nesta versão do Sítio deu um padrão de voz "bem grossa" ao personagem, padrão que seria seguido também pelos outros dois atores que interpretariam o Visconde nas temporadas seguintes, Aramis Trindade em 2005 e 2006, e Kiko Mascarenhas em 2007. A diferença entre a voz dos três atores era que o Visconde de Cândido Damm tinha o sotaque carioca, enquanto o Visconde de Aramis Trindade falava com um forte sotaque paulista, o terceiro interpréte, Kiko Mascarenhas, também tentou manter o sotaque paulista que Aramis Trindade fazia para o personagem. Uma coisa na série de 2001, diferente das outras versões de TV, é que a personagem Tia Nastácia agora era vivida por uma atriz mais magra, Dulcilene Moraes (conhecida como Dhu Moraes). Mas, algumas temporadas depois, a produção pediu que Dhu Moraes engordasse um pouco, e usasse um pouco de enchimento no vestido, pois a personagem "Nastácia" era mais conhecida popularmente sendo gorda, tanto em outras adaptações para TV, quanto nas ilustrações dos livros. O curioso é que a "Tia Nastácia" do livro era inspirada em uma mulher magra, chamada "Anastácia", que realmente existiu e trabalhava na casa de Monteiro Lobato, como cozinheira e babá dos filhos dele. Ela é descrita como uma negra alta, magra, de canelas e punhos finos. Quando vivo, Monteiro Lobato contou ao jornalista Silveira Peixoto em uma entrevista, que se inspirou nela para criar a personagem de seus livros.
Desde 2001 até 2006 (com exceção de 2007) foram confeccionadas 3 fantasias de Cuca diferentes, que eram manipuladas por Jacira Santos (a Priscila da TV Colosso). Na primeira temporada, a intenção era que a aparência da Cuca não ficasse assustadora de mais para as crianças, o diretor Marcio Trigo disse que a Cuca devia ter uma aparência má e assustadora, mas nem tanto, pois esta versão do Sítio estava mais direcionada ao publico infantil; por esse motivo a personagem tinha um visual mais inofensivo, com rosto e cauda de jacaré, e corpo de mulher, com um vestido e capa de bruxa. Mas essa ideia foi mudando com o passar do tempo, no ano de 2003, ficou decidido reformular um pouco a personagem, dando a ela "cabelos reais" e mais compridos, além de deixa-la mais gorda e com uma personalidade mais cruel. Outra mudança no corpo da personagem, ocorreria no ano de 2005, deixando-a menos vaidosa, e mais parecida com a Cuca do folclore, ela passaria a ser mais perversa, e com traços mais aterrorizantes, perdendo o "corpo de humana", e ganhando um "barrigão" listrado de réptil [1].
Uma outra ideia inicial da série de 2001, que foi sendo deixada de lado com o tempo, era mostrar algumas vezes objetos e maquinas dos tempos atuais. Para isso, em algumas cenas apareciam Dona Benta tentando convencer Tia Nastácia da utilidade de alguns novos utensílios que ela havia encomendado para sua cozinha, como: microondas, batedeira e freezer. Ou então o fato de Dona Benta ter comprado um computador pra a sua biblioteca, para poder se comunicar com sua filha Antonica que mora na cidade; porém a série também mostrava Dona Benta meio chateada pelo fato de que após a chegada do computador, o Pedrinho só lhe enviava e-mails (quando estava na cidade grande), e não havia lhe escrito mais cartas, que ela considerava melhor de se receber. As modernidades contudo, não permaneceram muito tempo no Sítio, pois além de não acrescentarem muito às histórias, algumas vezes chegavam a atrapalhar o ritmo da trama. Por isso, algumas temporadas mais tarde, o computador foi deixando de ser usado no Sítio, até "desaparecer" por completo das histórias; assim também como o microondas e outros utensílios modernos, que foram sendo abandonados da cozinha de Tia Nastácia. Algumas temporadas depois, a única modernidade que sobrou na cozinha do Sítio foi apenas a geladeira (na versão dos anos 70, uma das poucas máquinas mais "modernas" ou comuns daquela época que já foram usadas no Sítio, foi a televisão, que não aparece nos livros de Lobato.)
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